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  • Foto do escritorHAJA

Tudo começa pela criança: a vida de cada uma importa!


Na HAJA usamos uma frase simples que diz muito: “Tudo começa pela criança! ”. Acreditamos que a maioria das mudanças sociais que buscamos tornam-se mais potente se cuidarmos, especialmente, dessa fase do desenvolvimento. Percebemos que o simples ato de dar afeto às nossas crianças pode ajudá-las a entender que a vida delas é muito importante para gente e para o mundo. Toda criança merece carinho, amor, dignidade, acesso à educação, à saúde, à cultura, a todos os direitos.


E é por essa razão que os últimos meses têm sido bastante difíceis para HAJA e para todo Rio de Janeiro. Só neste ano, registrou-se a morte de 16 crianças por “balas perdidas”, segundo jornal O Globo. Crianças que em sua maioria estavam indo ou voltando da escola. Foi o caso do querido Gabriel, morto em uma das operações policiais no Morro do Borel, onde a HAJA atua com o Projeto Tá Limpo.


O grande questionamento é a forma como a violência tem sido combatida nas favelas, comunidades e periferias do estado. Os fatos revelam violência contra a população e impunidade dos responsáveis pelas mortes. Estudos mostram que a quantidade de operações policiais em apenas um mês, ultrapassou a quantidade de operações que era realizado em um ano todo. Uma rotina, infelizmente, assustadora, pois os confrontos são realizados em horários comerciais e de saída e chegada das crianças nas escolas.


Infelizmente, o recado que as autoridades passam é que a vida de quem mora nessas regiões valem muito pouco. E que as mortes dessas crianças não importam para os nossos representantes. Mas a HAJA se recusa a acreditar nisso, as vidas dessas crianças são insubstituíveis. Se pararmos para pensar, qual o efeito disso na nossa sociedade? Qual o peso da injustiça e da morte de amigos e familiares no desenvolvimento de uma criança? Revolta, mágoa, depressão, ansiedade, desilusão. Há crianças com medo de ir estudar!


O que nos leva a refletir, o que muito jornais têm denunciado: não é um combate a violência, mas uma tentativa de extermínio da população, principalmente, negra e pobre. O que se percebe é que se sabe do risco de atingir inocentes nessas operações e mesmo assim elas têm sido intensificadas. Um complexo e triste paradoxo da segurança pública, pois dentre esses policiais envolvidos nos enfrentamentos, muitos, também, são jovens vindo dessas comunidades seguindo ordens. Inclusive, um dado relevante é o aumento do suicídio de policiais, uma causa responsável por mais mortes que do que o confronto em serviço desses profissionais.


Após a 16ª morte de mais uma criança por “bala perdida” em operações policiais, Ágatha, de 8 anos, houve movimentação da Comissão de Direitos Humanos da Câmara que enviou uma denúncia à relatora especial das Nações Unidas pedindo que seja feita uma manifestação da ONU sobre as execuções no país, sobre o genocídio da população negra e contra a proposta de combate à violência que prevê a licença para matar. Enquanto sociedade precisamos nos unir contra tamanha injustiça.


A HAJA segue firme em sua missão de mostrar para nossas crianças que a vida de cada uma delas é especial demais e que faremos o possível para provar isso a elas. Esse fim de semana, na sede do Projeto Vejo um Jardim, em torno de 80 crianças e adolescentes participaram de um fim de semana repleto de eventos com muita recreação e divertimento. Afinal TUDO COMEÇA PELA CRIANÇA!


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